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Efeitos do Lockdown no Crescimento da Economia em 2021

Confira aqui os principais efeitos da realização do Lockdown durante a Pandemia.

O mundo já não é o mesmo desde o início da pandemia. Estamos vivendo tempos turbulentos não somente na área da saúde como também no âmbito económico e, pelo que tudo indica, que esta situação continuará assolando nossa terra tupiniquim por mais algum tempo.

De fato, isso é reflexo das modificações na curva da pandemia em virtude da oscilação de sua gravidade, das inúmeras tentativas de volta as atividades comerciais seguindo um padrão fundamentado no contexto pré-pandêmico e pelos sucessivos lockdowns. Mas afinal, como o recesso comercial autorizado em algumas cidades pode afetar a situação econômica de toda uma nação?

Por certo, fechar as empresas é um pesadelo, pois afeta o ritmo dos negócios ao longo do tempo. Neste sentido, vale a pena refletir que a diminuição na arrecadação de verba por meio das vendas não somente gera prejuízos no curto prazo, como também afeta o desenvolvimento das organizações colocando em risco, inclusive, a sua permanência no mercado.

Realmente, seguir as orientações de governadores e prefeitos para reduzir a jornada de trabalho, bem como paralisar as atividades por conta da piora da crise sanitária e da superlotação nas Unidades de Terapia Intensiva –UTIs- tem sido um verdadeiro exercício de resistência e, por que não dizer, sobrevivência. Em virtude deste panorama econômico, extremamente incerto, o desenvolvimento econômico do Brasil pode ser afetado neste primeiro semestre de 2021.

No que diz respeito a esta situação, em um evento promovido pela parceria Empiricus e Arko Advice, Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central do Brasil, afirma que, embora a recuperação econômica seja uma realidade, ela ainda é bastante tênue e os dados atuais ainda não refletem as pequenas paralizações comerciais ou lockdowns realizados recentemente em algumas cidades brasileiras. Salienta ainda que, no caso das restrições aumentarem, a retração econômica poderá ser ainda pior nestes primeiros seis meses do ano.

Além das considerações salientadas anteriormente, Campos Neto destaca que a recuperação ocorre de maneira desigual e que o setor de serviços, tão relevante para o crescimento econômico brasileiro, ainda permanece deprimido. Portanto, no caso de que sejam estabelecidos novos lockdowns, mais abrangentes e duradouros, a situação pode piorar vertiginosamente.

Perspectivas perante o processo de imunização

No que tange ao possível contexto do segundo semestre, o Presidente do BACEN espera que a economia manifeste um melhor desempenho por conta da vacinação e pelo aquecimento gradual do mercado de trabalho, mas não descarta algumas oscilações e circunstâncias negativas, uma vez que já foram detectadas no Brasil novas variantes do vírus, mais contagiosas e possivelmente, mais agressivas.

Durante o evento online, outro ponto abordado por Campos Neto diz respeito ao processo de vacinação. Em termos gerais, afirma que o Brasil, ao ser o quinto país que mais vacina ao redor do mundo, tem potencial para finalizar a imunização do grupo de risco até o mês de junho. E que, de fato, esta proteção vai reduzir o medo do contagio promovendo assim, o funcionamento do comercio de maneira mais estável e próxima a normalidade.

Neste sentido, Campos Neto é incisivo ao ressaltar que o Brasil precisa passar credibilidade em termos fiscais e que a piora na pandemia tem aumentado a incerteza no campo das contas públicas. Além disso, finaliza destacando a importância do governo responder à altura do desafio fiscal que, por certo, é bem expressivo.

Em síntese, é possível perceber que o fechamento do comercio pode ser uma “faca de dois gumes” já que, por um lado, contribui na redução de casos e, por outro, ocasiona efeitos nefastos nas contas organizacionais colocando em risco a sobrevivência das empresas no mercado.

E você, o que acha dos lockdowns? É a favor ou contra desse sistema mais rígido e restritivo de enfrentamento à pandemia? Interaja agora mesmo deixando a sua opinião nos comentários!

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Por Melina Mariel Menezes Pereda


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