O planeta vem sofrendo graves desequilíbrios ambientais devido às agressões causadas pelo ser humano. Efeito estufa, tsunamis, aquecimento global, tempestades e enchentes são reações alarmantes que assolam o mundo. Com isso cresce o esforço por parte dos governos, instituições privadas e organizações da sociedade civil para promover ações em prol da sustentabilidade. Essa preocupação ficou mais evidente na década de 1980, depois que estudos científicos confirmaram que as alterações climáticas foram agravadas por interferência do próprio homem.
Vários setores industriais são responsáveis pela poluição do meio ambiente. A indústria da construção civil não fica de fora, gerando uma enorme quantidade de resíduos, que fica em torno de 75%. Além disso, materiais usados na construção como o cimento, gesso, telhas, tijolos e cerâmica, causam grandes impactos ao meio ambiente, seja na hora da produção ou do descarte. Tijolos e telhas, por exemplo, são responsáveis por grande quantidade de emissão de gases, devido ao seu cozimento nas fornalhas, contribuindo assim para o aquecimento global.
Para contribuir com a preservação do meio ambiente é preciso ter iniciativas de sustentabilidade. Diante desse cenário, surgem formas sustentáveis, econômicas e ecologicamente corretas na hora de construir. A “bioconstrução” é um exemplo de alternativa ao modelo das construções atuais, pois utiliza materiais naturais, reaproveitados e otimiza o uso de água e energia da casa.
Esse tipo de construção utiliza diversas tecnologias em prol do meio ambiente, entre elas os sistemas de geração e economia de energia. Isso consegue ser feito por meio de um bom design e a utilização de recursos locais.
Os materiais mais comuns na “bioconstrução” são a terra e a palha, que são utilizadas para a produção do tijolo não cozido (adobe) ou da taipa entre outros. As vantagens desse tipo de construção são muitas. Além do conforto térmico, a casa por ser arejada evita o aparecimento de mofo, proporcionando um ambiente mais saudável e aconchegante.
Em Pernambuco, o Sítio Nova Canaã, situado em Ouro Preto, Olinda, e o Centro Ecopedagógico Bicho do Mato, na Guabiraba, zona rural do Recife, trabalham com a bioconstrução. Um dos desafios encontrados pelos centros é a alta demanda de mão-de-obra especializada em técnicas sustentáveis, pois para quem deseja fazer esse tipo de construção encontra dificuldade na hora de contratar um especialista no uso de materiais ecológicos.
Pensando nisso, o Bicho do Mato vai promover, no período de 30 de abril a 08 de maio, o curso “Bioconstrução Popular – Técnicas Sustentáveis para Construções de Baixo Custo”. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo e-mail [email protected], ou pelos telefones: 81. 8800.0528 e 81. 9708.2686.
Por Alexandre de Souza Acioli
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