Prioridades da Equipe Econômica de Dilma Rousseff

29, novembro, 2010

 


Aguardados com expectativa pelo mercado, os principais ministros da área econômica (Fazenda, Planejamento e embora não seja um ministério, o cargo de presidente do Banco Central ostenta status de ministro) foram anunciados nesta semana acalmando qualquer expectativa mais tensa do mercado.

Guido Mantega (Fazenda) representa a continuidade das políticas econômicas que deram certo no governo Lula. Principalmente com o controle da inflação e a questão do desenvolvimento da economia. Miriam Belchior (Planejamento) é atualmente a coordenadora do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e Alexandre Tombini (Banco Central) é economista e faz parte da diretoria de normas do BC. Ao serem anunciados elegeram as prioridades que irão nortear suas pastas a partir de Janeiro do ano que vem, conforme matéria do site G1.

Para Mantega a prioridade será expandir de modo sustentável o crescimento da economia com fortalecimento do mercado interno e a geração de empregos. O que só vai acontecer com aumento de investimentos, que por sua vez passa por questões delicadas como taxas de juros, carga tributária, valorização do real e o necessário combate a inflação que às vezes pede uma limitação do consumo no mercado interno.

Já Miriam Belchior tem uma questão ainda mais delicada. Uma das bandeiras da campanha Dilma, o corte nos gastos públicos, a coloca na posição de "com menos fazer mais". Melhorar serviços públicos essenciais com menos dinheiro. O que significa entre outras coisas menos dinheiro para aumentos salariais de servidores, contratações e também menores investimentos em pessoal, equipamentos e tecnologia. Isto parece ser uma tarefa trabalhosa, principalmente em um momento em que até cogitou-se ressuscitar velhos impostos para financiar um serviço básico como a saúde.

E Alexandre Tombini terá a missão primordial manter a inflação dentro da meta pré-definida pelo governo. O que também não será fácil. Levando-se em contra a atual tendência de aceleração de preços, que se espera seja um efeito de sazonalidade, seu primeiro desafio deverá ser ou aumento ou não da Selic e o quanto será esse valor.



Por Mauro Câmara

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admin Economia, Outros, Política

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